Quarta-feira, 29.01.14

é só isto que tenho a dizer

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publicado por vascodcm às 19:10 | link | indultar
Terça-feira, 28.01.14

Com a verdade se baralha

Começo por dizer que respeito a Maria Teixeira Alves, apesar de tudo. Porque escreve de forma desbragada, sem pudores, com alguma inocência até. Senão veja-se a forma como assume, neste post, o mais acrítico e enraizado maniqueísmo. A Maria Teixeira Alves é mais direitolas que o João Gobern benfiquista. É fé, certamente, para merecer loiça exibindo as peles da Thatcher e uma caneta da sorte no dia de ir deitar voto na urna. 

Reza assim: "Começo por dizer que tenho admiração intelectual por Daniel Sampaio, apesar da sua ideologia política. Não fosse esta e seria uma referência minha de pensamento. Mas esta ideologia política (de esquerda) de Daniel Sampaio não se pode ignorar, porque de certa maneira corrompe a sua inteligência, ou, se preferirem, o seu pensamento."

 

A Maria Teixeira Alves é uma verdadeira jihadista da sociologia. Considera que "se há uma coisa que tem de ser provada é a realidade criada socialmente". Eu não sou tão radical. Deus me livre (força de expressão) começar agora a questionar os avanços sociais dos últimos milénios. Imagine-se pedir prova da evolução feita até aqui. Imagine voltarmos às tribos pré-românicas, obrigado eu a caçar e destinada a Maria a colher raízes, para no fim oferecermos metade da colheita em sacrifício a divindades duvidosas. Eu, cá pra mim, isto da realidade criada socialmente está bom de ver. O povo criou leis que vão contendo os acessos da natureza, inventou um deus misericordioso que bem dadas as cambalhotas lá acolhe o pecador e, de caminho, inventou a fartura apesar do óleo. Em suma, estou muito satisfeito, obrigado. Como não sou testemunha de jeová: não creio que o fim dos dias esteja próximo (nem creio que tal fim seja de interesse a deus nenhum). De maneiras que estou confiante que a realidade criada socialmente não acaba ao pedido de provas da primeira Maria Teixeira Alves que se arrepende da realidade criada socialmente que em má hora lhe conferiu o direito de voto.  

 

Mas o que verdadeiramente me preocupa é um certo anti-clericalismo radical que se depreende dos seus raciocínios, quando afirma que "se há uma coisa que tem de ser provada é a realidade criada socialmente. Pois parece-me evidente que a realidade que emana da natureza não precisa de ser confirmada pelo método da experimentação científica." Bom, se fala da natureza não se refere certamente à homossexualidade, que todo o mundo sabe que é natural e ocorre em todas as espécies animais. Tal como é natural e humana a sua capacidade de amar filhos, pais, mães e irmãos. Poder-se-ia eventualmente considerar que tal condição, a homossexualidade, é doença, praga. Ainda assim, considerando o absurdo, não consta que tuberculosos, diabéticos ou insuficientes renais deixem de amar e estimar os seus entes mais próximos por força da doença. Maria Teixeira Alves, anti-clericalista subversiva, refere-se naturalmente ao celibato, essa realidade criada socialmente que subverte e nega radicalmente a realidade que emana da natureza e não precisa ser confirmada. Nos espíritos mais incautos radica a semente do demo... 

publicado por Rui C Pinto às 01:01 | link | indultar | cuscar indultos (6)
Quarta-feira, 23.10.13

no faith in the human race (3)

A deputada da JCP, Rita Rato, diz que não viveu na época e por isso admite que possam ter acontecido os gulags, atropelos aos direitos humanos fundamentais. Alguns deputados da JSD consideram que os direitos fundamentais de algumas minorias devem ser colocados à consideração do voto popular. É muito mais o que os une, do que o que os separa e isso é pouco animador para a minha geração.

publicado por Rui C Pinto às 22:21 | link | indultar | cuscar indultos (1)
Segunda-feira, 21.10.13

O mito do "verdadeiro PSD"

Parece que existe um PSD diferente daquele que está no governo e no parlamento.

 

O PSD de Sá Carneiro, Cavaco Silva,  Silva Peneda, Capucho, Ferreira Leite.

 

O PSD da social–democracia.

 

O PSD que defende a política fiscal como instrumento central na redistribuição de rendimentos.

 

O PSD que privilegia o investimento publico como veiculo de crescimento e criação de emprego  e que lhe dedica parte substancial do défice global do Orçamento do Estado.

 

O PSD que defende o Sistema Nacional de Saúde com o instrumento primário de prestação de um serviço de saúde universal

 

O PSD que apoia a Escola Publica e a defende propondo programas como o Plano de Emergência de Instalações e Equipamento Escolar, hoje mais conhecido por Parque Escolar.

 

O PSD que se compromete com um sistema de segurança social universal que promova a igualdade.

 

O verdadeiro PSD não é um mito. O  verdadeiro PSD existe. Chama-se PS.

 

(Fonte: Programa do VI Governo Consitucional liderado por Francisco Sá Carneiro )

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publicado por vascodcm às 22:02 | link | indultar
Terça-feira, 10.09.13

5 Mitos sobre escolha e o cheque-ensino

5 Myths about choice - Fem myter om valfrihet, Eva Cooper & Håkan Tribell, TIMBRO

 

Myth 1: You can not measure because we know nothing. (Alternatively: It is not possible to measure, then it is bad)

 

In reality: We need better ways of measuring the quality of social welfare, and feel free to try to more objective ones. But it is not the same as today's measurements can not tell us something - and there are many studies that show the importance of choice for both users, relatives and staff.

 

Myth 2: Choice leads to segregation


In reality: Based on the results found, it is difficult to say exactly what caused what. one thing is clear: residential segregation is clearly a better explanation for school segregation than school choice.

 

Myth 3: Free school choice leads to grade inflation


In reality: It may be true that there has been a general grade inflation since school choice was introduced, but it is difficult to argue that the reason was the intorcution of school choice. The knowledge-related score is probably a large part of inflation. Whatever the reason: The reasonable solution to this problem is to introduce better controls, such as national tests - not abolishing the free school choice.

 

Myth 4: If no one chooses, the reform is a failure

 

In reality: The point of the competition is that people have a choice. Choice has an value in itself and should not be measured by how many people actually choose one of several options, or switching from one option to another.

 

Myth 5: There is no control of the private sector

 

In reality: There may be flaws in any activity, which means that both private and public activity must be controlled. There are already controls in the private sector - although the sometimes it can be improved. In addition, the private sector advantage that competition in itself

a form of control

publicado por vascodcm às 17:50 | link | indultar
Sexta-feira, 30.08.13

no faith in the human race (2)

Deparei-me, esta semana, num hipermercado com a marca Homéocaryl, dos Laboratórios Vitarmonyl. Esta marca tem vários produtos de higiene oral: pastas dentífricas e antisséptico oral. Os produtos mereceram a minha curiosidade por publicitarem, na embalagem [ver fotos em baixo], "compatibilidade com a homeopatia". Decidi investigar. De facto, no site institucional da marca, é descrito que os produtos Homéocaryl são compatíveis com a homeopatia devido à ausência de mentol na sua formulação. A ausência de mentol é justificada pela controvérsia em torno do efeito adverso da menta no decurso de tratamentos homeopáticos. De facto, outras marcas comercializam produtos publicitando a sua compatibilidade com a homeopatia devido à ausência de mentol: Emoform-F pure® (Wild Pharma), nenedent® (Dentinox).
Estou acostumado à dificuldade em encontrar informação (estudos que demonstrem a evidência científica) que sustente muita da publicidade relativa aos produtos homeopáticos. Mas fiz mais uma vez o esforço. A escassa informação que me é possível compilar na confusa malha de blogs, fóruns de discussão, páginas pessoais de homeopatas ou organizações de homeopatas [que em momento algum apresentam ligação para estudos objectivos onde se possa ler a descrição das experiências conduzidas] alerta para o fenómeno de "antidoting" que eu traduzirei para "efeito antídoto". De acordo com Erika Price* os medicamentos homeopáticos são essencialmente medicina vibracional [conceito que me é totalmente estranho depois de dez anos de estudo e investigação em química e biologia] e são facilmente anulados por outras vibrações materiais mais fortes. Estas vibrações fortes podem surgir de produtos com sabores ou aromas fortes: café, mentol, cânfora, camomila, eucalipto; mas também de cobertores eléctricos que, de acordo com a organização de Kristina Star**, afecta a actividade dos fármacos por via da alteração do campo electromagnético do corpo. Robert Field***, explica no fórum da Ressonance School of Homeopathy, que eventos emotivos como a morte de um familiar querido, um acidente, uma discussão forte ou uma simples reprimenda poderão provocar "efeito antídoto". O especialista aconselha o homeopata a investigar possíveis agentes antídotos sempre que um cliente reclama que um medicamento homeopático não esteja a surtir efeito.
Concluindo, o "efeito de antídoto" é um efeito observado pelos homeopatas quando os pacientes não respondem a determinado medicamento homeopático. Perante a ineficácia do medicamento, o homeopata procura perceber que vibração está a afectar a performance do medicamento. Esta experiência acumulada permitiu identificar uma lista de substâncias, eventos físicos e emocionais que alteraram a ressonância do corpo do paciente e que Robin Murphy**** compilou na sua enciclopédia Homeopathic Medical Repertory and Nature's Materia Medica. De entre estas substâncias encontra-se o mentol. Pelo que, se está a tomar medicamento homeopático, evite utilizar a pasta de dentes convencional. Use um dentífrico livre de mentol, pela sua saúde.
*Erika Price pratica a verdadeira Homeopatia Clássica. É licenciada com distinção pelo British Institute of Homeopathy (BIH), doutorada em Medicina Homeopática e membro do BIH. daqui
**Kristina Star usa a Homeopatia desde a infância. Licenciada pela H.A.S.C. (Homeopathic Academy of Southern California), e certificada para a prática de Homeopatia Clássica.
***Rober Field é diretor e professor da Resonance School of Homeopathy.
****Robin Murphy é homeopata, professor e autor de Homeopathic Medical Repertory and Nature's Materia Medica.
publicado por Rui C Pinto às 22:54 | link | indultar
Terça-feira, 27.08.13

a indiferença queima mais que as chamas

O país assiste a mais uma época de incêndios. Business as usual. A prevenção não é tão fotogénica nem telegénica quanto a calamidade das majestosas chamas. Não ocorre a nenhuma redação noticiar um presidente de câmara do interior a cortar mato e, por consequência, durante o resto do ano poucos se lembram de uma floresta desorganizada e suja. O combustível vai acumulando anónimo para sustento das chamas de Agosto e gáudio da comiseração humana. 

 

Mais chocante é a aparente naturalidade com que a protecção civil e os seus responsáveis políticos tomam conhecimento da morte de bombeiros no cenário de combate às chamas. É inacreditável que nenhum partido da oposição, nenhum meio de comunicação social, nenhuma organização de bombeiros voluntários, nenhum familiar das vitimas tenha pressionado o ministro da tutela a abrir inquéritos às circunstâncias em que estes operacionais perderam a vida. Chocante e inacreditável.

 

O comando operacional da Protecção Civil tem a obrigação de zelar pela segurança dos bombeiros. Não é razoável, tão pouco aceitável, que se coloque em risco uma vida por uma casa ameaçada ou um hectare de floresta. Dados os trágicos acontecimentos recentes torna-se absolutamente necessário clarificar se este principio é escrupulosamente cumprido pela estrutura de comando e se essa disciplina é ameaçada por acessos de voluntarismo ou heroísmo, por falta de meios mecânicos, por erros de comunicação ou estratégia no combate.

 

A aparente indiferença da sociedade em relação à segurança com que estes homens e mulheres trabalham é maior ameaça à sua vida que as próprias chamas.

publicado por Rui C Pinto às 21:50 | link | indultar
Quarta-feira, 17.07.13

a rua é da esquerda...

... a moral e os bons costumes são de direita. 

 

A Maria Teixeira Alves considera, neste post, as abstenções e votos a favor dos deputados do PSD e do CDS [ao diploma que permite corrigir uma discriminação abjecta de crianças a quem são negados os seus direitos parentais] uma traição aos eleitores. 

 

Vai mais longe na caixa de comentários e com alguma inocência garante: "Na altura eu falei com pessoas do PSD e eles garantiram-me que não iam pôr as questões fracturantes na agenda. Ora é uma traição irem aprovar as agendas da oposição." Esta coisa de se falar com "pessoas do PSD" e essas pessoas garantirem coisas é interessante quando falamos com crianças de 5 anos que é aquela idade em que escrevemos cartas ao pai natal e pomos os dentinhos de leite debaixo da almofada. 


Vou ser muito claro. Eu sou militante do PSD já há uns aninhos. E já há uns aninhos que falo e troco umas ideias com pessoas do PSD. À Maria Teixeira Alves o PSD pode parecer uma congregação de carmelitas em clausura: gente temente (ler temerosa) a deus que defende a moral e os bons costumes e, já agora, a bravura dos navegadores das índias. Acontece que o PSD não é nada disso. O PSD é uma federação de sensibilidades que inclui gente bem mais à esquerda que os socratistas a gente bem mais conservadora que a própria Maria Teixeira Alves.


Se a Maria Teixeira Alves conhecesse o PSD saberia que Manuela Ferreira Leite, na sua primeira entrevista televisiva (de má memória) enquanto presidente do PSD, cavou uma fractura dentro do partido ao afirmar a vocação do casamento para fins de procriação. Saberia que muitos dos que rejeitaram esse discurso (nomeadamente Passos Coelho que criticou essas declarações publicamente) viriam mais tarde a assumir a liderança do partido. Saberia ainda que muitos militantes (nos quais me incluo) trabalharam arduamente para eleger Passos Coelho presidente do partido, primeiro, e primeiro-ministro, depois, conscientes do compromisso de que esta liderança do PSD daria liberdade de voto em matérias "fracturantes". É por ser militante do PSD, por ter lutado pela eleição de Passos Coelho, por ter ouvido da boca do próprio em vários eventos durante a campanha eleitoral (nomeadamente num jantar de blogers e em duas sessões de esclarecimento de jovens) que não tomaria iniciativas legislativas mas que daria liberdade de voto em matérias fracturantes que fico perplexo quando personagens como a Maria Teixeira Alves, de quem em muitos anos de militância nunca tomei conhecimento, se arrogam credores da agenda do PSD. 

publicado por Rui C Pinto às 23:08 | link | indultar | cuscar indultos (12)

no faith in the human race (1)

"não, desta vez é diferente! desta vez é amor verdadeiro" 

publicado por Rui C Pinto às 00:14 | link | indultar
Quarta-feira, 10.07.13

Em crise, salve-se quem puder

Todos se recordam do famoso artigo de opinião de Cavaco Silva, publicado nos idos de Novembro de 2004, no auge das trapalhadas do governo de Santana Lopes onde defende a separação do trigo do joio nas elites partidárias do país. Cavaco defendia então que era fundamental separar a boa da má moeda, face à [então] crescente deterioração na qualidade dos intervenientes na política nacional. 

 

Hoje, Cavaco Silva é Presidente da República e tem o poder de contribuir para a solução do problema. Portugal vive hoje uma crise política causada pela irresponsabilidade e inabilidade de dois líderes partidários que governam o país em coligação. Na liderança da oposição surge um líder igualmente inábil e com claríssimas provas de impreparação. A situação do país é demasiado urgente e os sacrifícios da sociedade demasiado gravosos para que um Presidente da República se demita das suas responsabilidades, colocando em causa as instituições democráticas. A única solução plausível a Cavaco Silva consiste na nomeação de um governo de iniciativa presidencial apoiado pelos três partidos do arco da governação com prazo de funções até Junho de 2014, mandatado para a conclusão do memorando de assistência financeira e a negociação do programa de ajuda cautelar (vulgo, 2º memorando) que permita ao país estabilizar as suas necessidades de financiamento no médio prazo. 

 

Infelizmente, receio que Cavaco Silva nos vá comunicar que em tempo de crise somos obrigados à má moeda em nome da [irrecuperável] estabilidade. 

publicado por Rui C Pinto às 19:43 | link | indultar

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